III ENCONTRO DE LEIGOS E LEIGAS NA IGREJA E NA SOCIEDADE: Sal da Terra e Luz do Mundo

      CRB PR - Conferência dos Religiosos do Brasil no Paraná, promove o III ENCONTRO DE LEIGOS E LEIGAS NA IGREJA E NA SOCIEDADE, cujo tema SAL TERRA E LUZ DO MUNDO, foi rico em conteúdo e partilha.

Iniciou-se com a Entrada dos quadros e/ou imagens dos fundadores das congregações e apresentação das mesmas pelos leigos que hoje são, uma riqueza para as Instituições Religiosas na vivência do Carisma e Espiritualidade dos mesmos.

      O Encontro foi assessorado pelos Doutores em Teologia Cesar Kusma (PUC RIO) e Rosana Manzini (PUC SP).
        Participaram deste encontro membros do GFASC - Grande Família do Sagrado Coração de Jesus e Leigos Clelianos. Leigos e Famílias consagrados ao Coração de Jesus, comprometidos com o Carisma de Madre Clélia.
      
Cesar Kusma apresentou o Documento 107 da CNBB que, após as 4 redações de estudos passou a ser o DOC 105 que apresentam os leigos e leigas como sujeitos eclesiais que requer autonomia. Destacou que a Igreja de comunhão é reflexo da comunhão trinitária e isso é sinônimo de maturidade, de fé consciente. na Igreja, leigo não é mais aquele que não tem conhecimento, mas sim, o que tem consciência do seu Batismo que o torna imitador de Jesus: Profeta, Sacerdote e Rei. É, na verdade, reconhecer aqueles e aquelas que estão em maior número no corpo eclesial (a maioria) e que não querem (e não devem) mais ser tratados de maneira passiva, como aqueles que sempre ouvem e recebem, ou como o povo conquistado...


Os Leigos de hoje, apontamos aqui todos os que assumem verdadeiramente a sua vocação e missão, querem ser verdadeiros discípulos missionários, querem (e devem) ser tratados naquilo que o batismo lhes garante por direito, eles querem ser sujeitos eclesiais. Podemos dizer que eles têm o “direito” de ter “dever”, e este dever é um serviço colocado para a edificação da Igreja e para o serviço do Reino, um serviço no mundo. Os Leigos querem exercer a sua autonomia, garantida pelo Vaticano II e que reflete uma maturidade eclesial, exigida a toda a Igreja. Sabemos que muitos são os desafios e grandes são os contextos, tanto sociais quanto eclesiais.  

        Destacou-se a necessidade do leigo na Igreja ser Igreja em Comunhão com outras vocações e outros leigos; a corresponsabilidade em que cada cristão é uma pedra fundamental da Igreja e que a partilha nos Carismas congregacionais, cuja base é Cristológica, não requer que leigo e religiosos ocupem lugar um do outro, mas ocupem seu lugar, sua missão como EVENTO e ANÚNCIO seguindo os passos de Jesus - ir à Galileia, centro do serviço na ótica do Reino e fazer acontecer a transformação.
        Os leigos querem servir, e precisamos ajudá-los a isso, para que sejam verdadeiros sujeitos eclesiais, que atuem como luz do mundo e sal da terra. Os leigos não querem ocupar um espaço que não lhes pertence; eles querem ocupar um espaço que corresponde a sua vocação e missão, a fim de que possam exercê-la e santificar-se, sendo testemunhas do Reino no mundo, com autencidade e coerência, no serviço.
        Já, a doutora Rosana Manzini trabalhou o "tempo em que foi gestado e lançado a Laudato Si"
       Ressaltou que o Papa Francisco inaugura um tempo novo na Igreja - perspectivas novas com comportamentos tão antigos mas não mais vividos.
        O tempo em que a Laudato Si foi escrita é uma situação de graves e grandes contrastes que também atingem a realidade hoje. Mundo fragmentado e dividido, de não busca de conhecimento da realidade como um todo.
        O segundo ponto é o tempo de Francisco - onde Ele entende sua missão de Papa. Isso a palestrante buscou na Homilia do Papa quando eleito, em que ressaltou a figura de São José que recebeu a esposa (figura da Igreja) - casto e guardião cujas virtudes que se destacam são: descrição - humildade e fidelidade total. Ouvir a Deus, deixar-se guiar por Ele...
        Francisco inaugura o tempo do Guardião. Desta forma, ressaltou que a dimensão eclesial não tem fronteiras. E, falando para leigos e leigas inseridos no Carisma e Espiritualidade dos Institutos, convocou a todos para que não traiam o Carisma fundacional, "não foquem nas estruturas". O que dá vida ao Instituto é o Carisma. Não podemos aceitar que as verdades nos venham pelos meios sociais. Usemos a Pedagogia do Pátio", usadas nas Escolas; sejamos uma Igreja em saída, reconheçamos a dignidade que existe em cada ser humano. Usemos a política - ela leva minha mão onde não posso ir; ela é a maior expressão da CARIDADE.

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