Dom Canísio Klaus
Bispo de Santa Cruz do Sul (RS)
O calendário litúrgico da Igreja Católica reserva, ao longo do ano, várias datas para festejar e comemorar Maria Santíssima. As mais destacadas são a festa de Maria Mãe de Deus, comemorada no dia 1º de janeiro, a festa da Assunção de Maria ao céu no dia 15 de agosto e a festa da Imaculada Conceição de Maria comemorada no dia 8 de dezembro.
Ao lado destas, existem várias festas com caráter popular, comemoradas com destaque em algumas partes do mundo. A título de exemplo, cito as festas de Nossa Senhora dos Navegantes, Nossa Senhora da Candelária, Nossa Senhora de Lourdes, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Nossa Senhora do Carmo, Nossa Senhora de Czestochowa, Nossa Senhora da Purificação, Nossa Senhora da Natividade, Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora Rainha, Nossa Senhora do Caravaggio, Nossa Senhora Auxiliadora, Nossa Senhora das Dores, Nossa Senhora do Rosário, Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora Medianeira, Nossa Senhora Três Vezes Admirável de Schoenstatt e Nossa Senhora de Guadalupe.
Nos primeiros dias de fevereiro, temos, em várias comunidades da Diocese, grandes comemorações para homenagear Nossa Senhora dos Navegantes, Nossa Senhora da Candelária e Nossa Senhora de Lourdes. As comemorações de Nossa Senhora dos Navegantes e Nossa Senhora da Candelária estão relacionadas com a festa litúrgica da Apresentação de Jesus no Templo de Jerusalém. Já a festa de Nossa Senhora de Lourdes faz referência à aparição de Maria à jovem Bernadete na gruta de Lourdes, na França. Por causa do grande número de milagres de cura atribuídos a Maria, em Lourdes, o dia 11 de fevereiro, dia de Nossa Senhora de Lourdes, também passou a ser comemorado como o Dia do Enfermo.
Na Exortação Apostólica “A alegria do Evangelho” (n. 288), o Papa Francisco escreveu que “há um estilo mariano na atividade evangelizadora da Igreja. Porque sempre que olhamos para Maria, voltamos a acreditar na força revolucionária da ternura e do afeto. Nela vemos que a humildade e a ternura não são virtudes dos fracos, mas dos fortes, que não precisam maltratar os outros para se sentir importantes. Fixando-a, descobrimos que aquela que louvava a Deus porque derrubou os poderosos de seus tronos e aos ricos despediu de mãos vazias (Lc 1,52.53) é a mesma que assegura o aconchego de um lar à nossa busca de justiça”. Mais adiante, o Papa diz que “a dinâmica de justiça e ternura, de contemplação e caminho para os outros, faz dela um modelo eclesial para a evangelização. Pedimos-lhe que nos ajude, com a sua oração materna, para que a Igreja se torne uma casa para muitos, uma mãe para todos os povos, e torne possível o nascimento de um mundo novo”.
Com o mesmo sentimento de humildade que acompanhou Maria em sua caminhada por este mundo, nos voltamos a ela com as palavras do Papa Francisco, pedindo: “Alcançai-nos agora um novo ardor de ressuscitados para levar a todos o Evangelho da vida que vence a morte. Dai-nos a santa ousadia de buscar novos caminhos para que chegue a todos o dom da beleza que não se apaga”.
Que Maria, a Mãe de Jesus, invocada durante estes dias como Nossa Senhora dos Navegantes, Nossa Senhora da Candelária e Nossa Senhora de Lourdes, nos impulsione à missão e nos proteja de todos os males que possam nos afligir.
Artigo retirado do site:cnbb.org.br em 05/02/2014 às 08:33
Comentários