Dom Roberto Franciso Ferreria Paz
Bispo de Campos (RJ)
Bispo de Campos (RJ)
Na comemoração do dia dos namorados,
percebe-se que esta palavra e denominação inclui várias experiências as
vezes não compatíveis com o namoro cristão. Para começo de conversa,
namorar significa criar e gerar vínculos amorosos na perspectiva da
comunhão e vocação matrimonial. Namorar é ser capaz de construir um
projeto conjugal de união oblativa, que una duas vidas para sempre.
O bem-aventurado João Paulo II, ensinou
que o nosso corpo reflete o esplendor da Santíssima Trindade, os
namorados são chamados a crescer na comunhão interpessoal e a se
prepararem para um ato e estado de consagração total do amor, que
chamamos de casamento. A sexualidade deve expressar a total entrega como
dom na reciprocidade e fidelidade da aliança esponsal do matrimônio
cristão.
A castidade é a virtude que purifica o
olhar, as intenções, a mística de respeitar, amar e querer bem ao outro,
valorizando-o em todo o seu ser como um presente precioso dado por Deus
a nós. Um amor verdadeiro e autêntico é capaz de esperar, de
renunciar a tudo aquilo que está reservado para o momento pleno da
conjugalidade marital, para desenvolver a ternura, delicadeza, e o arte
de encantar ao futuro esposo/a. Pensar que atropelar ou descaracterizar a
etapa do namoro, vai trazer algum aprendizado é o mesmo que querer ser
amigo convivendo com a traição.
Diante do erotismo exacerbado e os
apelos a pornografia e o sexo descompromissado, a castidade nos reconduz
ao plano de Deus unindo o que o pecado separa, despertando para a
beleza de um amor puro, incontaminado, integro e fiel que conta com a
benção e a amizade de Jesus Nosso Senhor. Que Santo Antônio que une
corações olhe para os namorados com amabilidade e desperte neles o
verdadeiro amor nupcial, o amor que não passa.
Fonte: Site da CNBB.Em 11/06/2013.
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